terça-feira, 2 de março de 2004

Posted by Flávio Castro Silva

A pedido do Flávio, que entretanto já se conseguiu registar no blog e que portanto não percebo porque não faz ele mesmo o post, deixo aqui o seu contributo para a nossa tertúlia.

Gosto do estrume. Curti a abordagem neo-virtual da vida através desta estupenda colectânea de 'dejectos' psicológicos que fazem os nossos/vossos dias. É verdade que todos cagamos, mas o importante é fazê-lo em grupo e de forma construtiva. E se os nossos dejectos têm vida biológica e mineral, certo e sabido é que tenham uma função no ecossistema universal. Venha de lá a energia mérdica nos nossos dizeres, que faz bem rir e pensar!!
Imaginem que se podia viver com um aparador de ideias às costas; dessa forma, seria mais fácil a sua troca para fins culturais que nos pusessem mais em comunhão. Para isso, seria preciso caracterizar meticulosamente a ideia que se tem - o seu esboço, os propósitos, os meios e os fins,... Por outro lado, dever-se-ia tomar como referência a inspiração dessa ideia. A minha foi um sonho de há muitos anos. Ou mais ou menos. Ocorreu naquele limiar da vigília, quando o cérebro não pára de trabalhar mas as associações racionais, derivado ao sono, revelam-se absurdas mas também geniais.
Mas então, sonhei que tinha uma máquina de registar imagens e cinéticas mentais... Assim lhe chamei, para síntese desta boa ideia. Basicamente, deveria funcionar a tempo inteiro, através de qualquer sistema de captação eléctrico ou químico de cenários mentais que, uma vez processados, faria a sua reprodução numa tela.
Estou convencido que seria uma das maiores invenções, como o foi a da retrete. As suas utilidades são múltiplas: expressão para mudos e autistas, avaliação de conhecimentos disciplinares, testes de verdade judicial e ainda entretenimento alheio. Tudo se pode resumir a um objectivo: a projecção fidedigna das nossas inspirações.
Digam lá o que acham disto... É que, por enquanto, tudo isto é apenas uma inspiração para um conto que se arrasta há muito nos meus cadernos. Algo adiado devido à inutilidade. Aliás, como tudo o que se escreve e não se pratica!
(posted by Flávio Castro Silva)

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