terça-feira, 2 de março de 2004

Antes que o vejam no nome de outra pessoa

Aqui vai, algo entre um artigo de opinião e dicas fáceis e simples de usar. É possivel que o vejam por aí num jornal qq com o nome de outro autor, antes que isso aconteça, mando-vos a versão mais original

Reduzir os resíduos sólidos urbanos
Devido ao aumento do consumismo, a quantidade de lixo produzido diariamente, por pessoa, é cerca de 1 kg, enquanto no início do século XX não chegava às 200 gramas diárias. Como se esse problema não bastasse, a população, apesar de toda a informação disponível, parece que ainda não sabe, ou não quer, fazer a separação destes resíduos. Mas o que é que provoca, afinal, esta inércia toda? Será que as pessoas ainda não se aperceberam da problemática em causa e subsequente contaminação de solo, água e ar, ou será simplesmente a mesma inércia que as leva a não passear, no parque, num domingo de sol, ou que não as leva a apanhar os dejectos deixados para trás, pelo seu cão?
Segundo o Instituto Nacional dos Resíduos (INR) a composição dos resíduos sólidos urbanos (RSU), produzidos em Portugal, em 1997, era maioritariamente verdes, fermentáveis e finos (48%), seguido do papel e cartão (22%), plásticos (13%), vidro (5%), têxteis (4%), metal (3%) e diversos (5%). Com o fim das lixeiras a céu aberto, em Janeiro de 2002, os resíduos domésticos que não podem ser reutilizados ou reciclados têm como destino final a incineração ou o aterro sanitário. Mas se a reciclagem é muito importante e é viável em cerca de 80% dos resíduos domésticos produzidos, é na redução que a “política dos 3R’s” (reduzir, reutilizar e reciclar) começa. É importante que tanto o cidadão comum como as próprias empresas, comecem a pensar na quantidade de lixo que produzem e como o podem reduzir em acções muito simples como fazer compras avulso ou a peso, que habitualmente não vêm embaladas; optar por embalagens familiares que além de serem mais baratas do que as embalagens menores produzem menos resíduos; utilizar sacos de papel, pano ou de rede em vez dos habituais sacos de plástico; utilizar desodorizante de roll-on ou stick em vez dos sprays; utilizar máquinas de barbear eléctricas em vez das lâminas descartáveis; evitar o consumo de pratos de cartão, papel de cozinha, guardanapos e lenços de papel, privilegiando as suas variantes tradicionais; evitar aditivos para a máquina de lavar roupa, uma vez que o detergente comercializado já é composto por anticalcário, amaciador e branquedor; não comprar produtos sobre-embalados (plástico e cartão); sempre que possível, corrigir os textos no ecrã do monitor antes de os imprimir; utilizar folhas de rascunho; utilizar o correio electrónico como forma de comunicação, uma vez que não necessita de papel; não consumir toalhitas humedecidas ou não, utilizadas em grande parte das tarefas domésticas que provocam nas famílias europeias um aumento, por ano, de 50 kg de resíduos a mais, e muito, muito mais!
Mas afinal quais são as vantagens da redução, reutilização e reciclagem? Poupam-se os recursos naturais; reduzem-se os índices de toxicidade do lixo produzido; minimizam-se custos inerentes ao consumo, à produção e ao tratamento de resíduos, que favorece aos municípios, o conjunto de produtores e, sobretudo, os consumidores; trava-se a acumulação de detritos e o desperdício de matérias aproveitáveis; reduz-se a necessidade de novas unidades incineradoras de RSU e de novos aterros sanitários, prolongando a vida útil dos que já existem; diminui-se consideravelmente a poluição do meio ambiente, em particular do ar e água, assim como se diminui a quantidade de energia, resultante do processo de fabrico dos materiais; melhoram-se as condições de saúde da população; nas indústrias, estimula-se o desenvolvimento de “tecnologias mais verdes”; promovem-se mais postos de trabalho; poupa-se a extracção de recursos não renováveis, permitindo uma melhor gestão das matérias primas de que dispomos.
Portanto, reduza, reutilize, recicle e faça a separação do lixo, vai ver que não dói nada!! Porque não herdámos o mundo dos nossos avós, mas pedimo-lo emprestado aos nossos filhos, temos de zelar por ele com muito cuidado se lhes queremos deixar uma vida com qualidade!

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