quinta-feira, 30 de junho de 2005

Preso por ter cão e preso por não ter

Isto é o que se costuma dizer preso por ter cão e preso por não ter...Este artigo (http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1227104&idCanal=96) saiu hoje no público e acredito que quem o leu deve estar com um nó na cabeça...

"Ora então deito abaixo a nespereira, não deito abaixo a nespereira?..."

Então só para clarificar as coisas um bocadinho, as partículas até podem manter a temperatura mais baixa, mas até isso acontecer em 2100...já morremos todos de cancro, problemas respiratórios e afins...

100 Senso Comum

A fome é a melhor cozinheira.
Pois não sei... não sei mesmo. Admito que sempre que tive com a fome e não havia mais ninguém para cozinhar, tive de ser eu a safar-me. Mas não discuto que seja boa cozinhar, simplesmente podia era ser mais trabalhadora.

A morte não escolhe idades.
Pois, naturalmente, era o que faltava! Eu também não escolhi a idade que tenho, simplesmente tenho de aguentar e calar. Já bastam os privilégios que certas e determinadas "pessoas" têm e ainda queriam escolher as idades?

Tristezas não pagam dívidas.
Considerem-se avisados, um amigo de um amigo meu disse que se passou o mesmo com ele e os Tristezas, no caso dele, ficaram a dever-lhe uma pipa de massa.

Quem te cobre que te descubra.
Bom... "quem te cobre"... Pois, pois, o que tu queres sei eu!

Quem nada não se afoga.
Pode ser e pode não ser, a maior parte da malta que se lança à água, sabe nadar. Uns mais e outros uns menos, mas sabem. Os que não sabem, pelo menos intencionalmente, não se metem de molho. Daqui se conlui que o afogado, muito provalvelmente, sabia nadar. Talvez menos bem que os outros que se safam, mas sabia.

quarta-feira, 29 de junho de 2005

100 Senso Comum

Bem se canta na Sé, mas é quem é.
Pois claro, se fosse outra eu não me importava mas era esta que eu mais gostava. Se não consta que a Sé cante por si só e se não é qualquer um que canta bem, pois, se se canta bem na Sé é por ser quem é. Mas... quem é?

Com vinagre não se apanham moscas.
Naturalmente, é melhor um mata-moscas ou uma qualquer rede fina.

De manhã é que comeca o dia.
De tarde já lá vai o meio e à noite já lá foi. O estranho é que um dia tenha 24horas, e que se comece a contar a meio da noite. Ora, quando a manhã chega, já o dia leva umas boas 6 ou mesmo 9 horas. Portanto, dizer que de manhã é que começa o dia acho que é um abuso de tudo o tamanho, ora vejamos, mesmo que sejam apenas 8h já lá vai um 1/3 do dito dia.

Deus escreve direito por linhas tortas
O que me parece é que este deus tem o papel torto ou escreve torto e atira as culpas para as linhas. E mesmo que assim não seja, não me parece nada complicado nem grande feito escrever direito por linhas tortas, não percebo é que tipo de mensagem de deus existe quando escreve direito. "Ai e tal e o camandro, direito"... "diga?"

Guarda que comer, não guardes que fazer.
Guarda que fazer e não guardes de comer, que o comer azeda-se e o trabalho não.

Mais uma contradição da sabedoria popular, ora isto dá... corta... corta... zero: não guardes nada. Por outro lado, nuncagastes tudo!

terça-feira, 28 de junho de 2005

100 Senso Comum e o menos comum dos sensos: uma análise

Resolvi instaurar uma rúbrica não periódica e não contínua e sem fim anunciado.
Dada a indecisão sobre o título da mesma rúbrica, achei por bem colocar os dois melhores que encontrei (ver acima).

E perguntam os senhores leitores e meninas leitoras de que se trata nesta rúbrica.
Pois bem, de tudo e de nada, trata-se o senso comum essa coisa que está transformada numa arte de dar o conselho mais óbvio como sendo o mais inteligente.

Mas deixemo-nos de conversas fiadas e avancemos para a nossa análise:

Quem espera desespera
Quem espera sempre alcança

Do que se conclui que quem alcança é um desesperado.

Cada um trata da sua e Deus da de todos.
Pois, claro, lá voltamos à discriminação, quer dizer, estaremos a falar de um Deus que vê as coisas desta maneira "o que é meu é meu e o que é teu é nosso!". No entanto, ser ateu não é a melhor opção, já que não é meu é ateu. O melhor é ser agnóstico.

Candeia que vai à frente alumia duas vezes.
O que me parece perfeitamente natural já que alumia para lá e, como já conhece o caminho, alumia para cá.

Vale mais passar de burro a cavalo, que de cavalo a burro.
Pois permitam-me que discorde! Mais vale passar a cavalo de um burro do que de burro a cavalo. Para além disso, o cavalo custa dinheiro e o burro é subsidiado.

Vai muito do dizer ao fazer.
Ora aqui está um erro muito grave do ponto de vista da interpretação do texto e da sintaxe, estaremos, possivelmente, perante uma grave lacuna ao nível da literacia. O que de facto vai entre o dizer ao fazer é ao! E não muito! Portanto, o correcto seria dizer: "Não vai muito do dizer ao fazer" ou ainda "Vão ao do dizer ao fazer". Seja como for, não deixar de ser constactar o óbvio.

Mas a "sabedoria popular" é que sabe... ou não!
Cinco por dia, não sabe o bem que lhe fazia!

E depois?

O que se sucede é o seguinte:

o homem parece que acorda sempre com o pé esquerdo e, ao que lhe foi investigado e tal, é verdade, pois portantos está correctos (que é uma coisa que nem toda gente sabe é conjugar os plurais com os plurais e não os plurais com singular).

Mas como ía dizendo, o homem acorda mesmo com o pé esquerdo e não há nada de mal nisso. Também não há mal nenhum em quererem que ele acorde com o pé direito. O mal é em querer que ele não acorde com o pé esquerdo.

O coitado até pode ter sido mordido com pela mosca tsé-tsé e nunca acordar mas daí a não acordar com o pé esquerdo já é querer mal ao homem, então era ele acordar só com o direito? Coitado, da noite para o dia e só acordava com um dos pés?!

Ai, ainda aí muita gente má anda. Ainda no outro dia queriam que desse uma diarreia aos políticos, coitadinhos.

O que se passa é que estas coisas não são sempre o que parecem e o homem continua a acordar com o pé esquerdo tal como com o direito mas mesmo que o homem quisesse, e garanto-vos que quer, ele não pode acordar com o pé direito pois o lado direito da cama está encostado à parede e só se ele fizesse muita força conseguia acordar com o direito sem no entanto acordar no seu quarto mas sim no do vizinho.

O que não me parece justo nem para o homem nem para o vizinho.

Mas prontos, olha... tipo.

O importante era que o dia era um lindo dia, feito com a cor de nuvens e céu, enquanto em baixo estava a terra, naturalmente (até porque se fosse ao contrário acho que ficava um pouco esquisito). Eis que então, 2 ou 3 lá foram e nunca mais voltaram. A bem dizer, nunca mais foram vistos, porque no fundo eles voltaram. Foi é que consequentemente ninguém os conhecia como tal (apenas os conheciam como 2 ou 3, com disse) e eles voltaram como tal, baralhando, assim sendo, todos eles e todas elas.

Diziam-se livres. Não por fazerem o que lhes apetecia mas porque acreditavam nisso. Eram tidos como tolos e, apesar disso, não eram mais que isso.

quinta-feira, 23 de junho de 2005

Resposta ao último post do Lagarto

Aqui vai mais uma proposta de leitura. O meu pai anda a escrever sobre isto e deu-me autorização para vos deixar este trecho. Quero só acrescentar, como resposta às leituras que o Lagarto propõe, que Álvaro Cunhal não é 25 de Abril... há muito mais para entender o 25 de Abril para além do que foi Álvaro Cunhal no nosso país...


"Saying goodbye doesn't mean anything. It's the time we spent together that matters, not how we left it"
"Dizer adeus não significa nada. O que interessa é o tempo que passamos juntos, e não a forma como nos despedimos"
Trey Parker (1969-) and Matt Stone (1971-), TV scriptwritters

Se estiverem lembrados da frase com que abri a minha primeira carta sobre "O dia seguinte I" : " Todo o mundo é composto de mudança....."
É aqui que está o busílis de muitas questões políticas, científicas e religiosas. Quem não assimilou e não se comporta tendo em conta esta máxima, tem poucas hipóteses de sobrevivência neste mundo. Todos os seres neste universo são inadaptados por natureza. É por isso que morrem um dia. Todos têm uma capacidade limitada de encaixar a mudança.

Álvaro Cunhal teve uma vida física e psicológica longa: permaneceu durante quase 80% do século XX. Mas o mundo mudou com uma velocidade cada vez mais acelerada no último quarto do século XX. Mudou primeiro a estrutura da produção, depois a estrutura da sociedade, em seguida a estrutura da economia e por último começou a mudar aceleradamente o figurino político no mundo. Nós os sobrevivos no ano da graça de 2005, estamos na crista da onda dessa mudança.
Se olharmos um pouco para trás, para o lado e para a frente, dar-nos-emos conta da amplitude deste movimento, que afecta pela primeira vez na História a globalidade dos seres humanos.

Mudou primeiro a estrutura da produção......
Desde tempos imemoriais, o valor dos bens de comércio é proporcional ao trabalho gasto para os obter. Karl Marx sistematizou muito bem esta ideia no seu trabalho "O Capital". Mas este economista, imerso no mundo do início da produção industrial, não conseguiu entender (ou não o deixou bem escrito) que o trabalho humano está incorporado nos bens de comércio.
Temos de entender que o ambiente da produção industrial do início do capitalismo moderno no sec XIX mascarava facilmente a estrutura do trabalho incorporado nos bens comerciais e que mesmo a um génio como Karl Marx pode ter passado despercebida a verdadeira estrutura de incorporação do trabalho nos bens.
Aquilo que falta assimilar à maioria dos Marxistas e em particular aos Marxistas Leninistas, é que o trabalho incorporado nos bens é de dois tipos:
- Trabalho vivo, pago ou presente, que inclui o trabalho de toda a cadeia humana, desde o projectista, ao patrão, ao operário da fábrica e aos trabalhadores do ponto de venda ou distribuição.
- Trabalho passado não pago, que inclui todo o saber e técnica acumulados, de gerações mortas passadas ou ausentes, e ainda o trabalho de gerações contemporâneas vivas, condensado nos automatismos cujo custo de reprodução chega a ser milhares de vezes menor do que o seu desenvolvimento.

No último quarto do século XX assistiu-se àquilo que foi convencionado chamar-se 2ª revolução industrial ou como Álvaro Cunhal designava nos seus escritos a revolução científico-técnica. Foi essa mudança que Álvaro Cunhal e outros eminentes estudiosos do mundo inteiro (incluindo em particular a quase totalidade da intelectualidade dos países do bloco soviético) não assimilou e o que é mais grave, ignorou ou classificou erradamente como uma fase moderna do capitalismo.
Essa revolução industrial, baseada nos automatismos e robotização, diminuiu drasticamente o trabalho vivo ou presente incorporado nos bens, o que fez com que o factor base determinante do seu preço descesse para frações do que teria pelo método de produção sem automatismos. Isso é muito visível nos bens que mesmo muitíssimo complexos, são quase totalmente produzidos de forma automática como os bens das:
- tecnologias electro-electrónicas,
- comunicações,
- automóveis,
- químicas (em especial dos plásticos) e até...
- têxteis (produção do fio e do tecido) e nos últimos 5 anos mesmo na confecção.

Depois a estrutura da sociedade....
O reflexo social desta mudança foi a grande diminuição em números absolutos e em percentagem da classe operária na sociedade. Igualmente diminuiu a sua influência política.
No momento presente pode já calcular-se sem grande esforço a data a partir da qual a classe operária será uma classe residual na sociedade, tal como hoje são os artesãos e outros. Isso deve acontecer a partir do meio do século XXI talvez lá para 2075 (pena eu já cá não estar para ver!).
Ora aqui está ! Isto é exactamente o contrário do que profetizam os Marxistas Leninistas e do que Álvaro Cunhal escreveu e deu como directivas ao Partido Comunista Português.
Aqueles que elegem o Marxismo Leninismo como Bíblia e a classe operária como Messias Salvador têm uma atitude religiosa, e por isso, uma fé inabalável no seu destino glorioso redentor da Humanidade e criador do Homem Novo, como diziam os comunistas Russos, que acreditavam ter sido os primeiros a atingir essa meta.
Mas como dizia Galileu aos inquisidores referindo-se à Terra que queriam que fosse o centro do universo criado por Deus: " ... contudo ela move-se".

por António Subida

A pureza do branco!

http://www.this-page-intentionally-left-blank.org/

Fantástico!!
Oxalá pudessemos limpar as nossas mentes de vez em quando!
Branco! Tudo BRANCO! Que lindo!
Seus brancoooooooooooooooooooooooooooooooosssssssssssssooooooooos!
Normalmente não comento muito certo tipo de actuações e figuras históricas, não porque não goste ou não queira (nem que seja para mandar conversa fora!), mas apenas porque o meu país parece que tem vergonha da sua história recente e me impede de a compreender ao mesmo tempo que, por outro lado, me acusa de não a respeitar.

Por isso assumo, não entendo muito bem o que representa o 25 de Abril. Sou capaz de o explicar ao meu filho quando ele tiver 10 anos mas após essa idade terei de dizer apenas a verdade e com frases completas que, no fundo, não conheço.

Sou, por natureza, do contra e gosto que rodear de pessoas inteligentes que também o sejam. Estimula-me à reflexão profunda e dá-me sustento para a digladiação de argumentos.

Nos momentos de devaneio de quando em vez encontro peças desse puzzle que nunca construí como estas duas que muito aconselho à leitura.
Duas formas distintas de ver a mesma pessoa e que, aparentemente, estão minimamente informadas o que não quer que estão certas ou erradas, são apenas isso opiniões que nos dão que pensar.

Aconselho a leitura, por esta ordem:
Leitura 1
Leitura 2

quarta-feira, 22 de junho de 2005

Elogio Fúnebre à falecida Onix

Doridos e doridas, autoridades civis e religiosas, invejosos e invejosas, todos os presentes, minhas senhoras e meus senhoras.

Cabe-me, apesar de bisonha, a sorumbática tarefa de, em breves momentos, situar e levar à reflexão mais profunda a relação que todos nós tivemos durante largos anos com a defunta, que inesperadamente pelo seu descabido e imerecido desaparecimento, hoje aqui nos congrega de forma penosa e trágica, para uma última despedida.

Trazendo à memória alguns dos seus mais marcantes momentos de existência, prestarmos-lhe a ela, que era uma das maiores dignitárias que a nação lusa poderá ter em qualquer época, uma justa e piíssima homenagem, preito da consagração, tributo e veneração que a dignidade e a decência exigem num tempo onde o esquecimento fere mortalmente a nobreza e decoro das existências que se cruzam com as nossas vidas.

Desta forma a nossa voz se levanta, apesar da comoção que habita o mais profundo do nosso ser, pois não se pode ficar calado perante a infâmia e calamidade que ensanguentam a alma daqueles que obtiveram o mais precioso dom que foi a convivência amiga e preciosa daquela que hoje recordamos, a “desejada das linhagens” a “amantíssima da parentela orgaz de quem mergulha nas profundidades da vida”.

Concidadãos e patrícios de uma nação agora mais pobre e pauperrimamente atingida por este desaparecimento que provoca a ira dos vastos céus de Junho, levando-os, como os nossos olhos já testemunharam, ao pranto e à lamentação taciturna: Ergamo-nos, apesar de cabisbaixo o nosso olhar; ergamo-nos, mesmo que a nossa tez sóbria anuncie o desfalecimento provocado pelo tumulto e comoção que estamos a viver.

Claro que nenhum obituário pode ser perfeito para a classificar, e disso temos plena consciência. Sendo assim, e reconhecendo essa limitação, atrevo-me, numa missiva bastante generalista, a fazer uma sinopse daquela a quem hoje prestamos estima e gratidão por ter sido fiel companheira, amiga, camarada, amásia, comborça, colega, confrade, sócia, irmã, parceira, filiada, adepta, simpatizante, condiscípula, apoiante, partidária desta palhaçada que tantas vezes é a vida.

Ela podia ser apreciada o mês inteiro, com a mesma intensidade, sem descrenças, ou sem o apaziguamento necessário em outras relações que possuímos.
Se ela manchava a nossa roupa, a nódoa era facilmente lavável.
Ela tinha sempre uma espera paciente. Nunca nos aborrecia, apresentando-se quando era preciso e disponibilizando-se como reutilizável.
Ela nunca se atrasava.
Ela nunca exigiu que lhe comprássemos flores.
Ela nunca se importou que, mesmo ao lado dela, pudesse fazer um piropo a outra.
Ela jamais nos pressionou com discursos dúbios sobre compromisso, fidelidade ou casamento quando a deixávamos. Nem nunca nos ameaçou com suicídio ou com uma gravidez inesperada.
Ela nunca ficou ciumenta, mesmo naquelas alturas em desejávamos outra.
Ela sempre soube ouvir atentamente as nossas confidências e mesmo os nossos disparates sem nada responder.
Ela sempre foi mais barata que outras que andam por aí.
Ela nunca nos apresentou a sua mãe.
Inesperadamente, depois ter termos passado a noite toda com ela, nunca quis nada em troca, e de manhã estava disponível para nós, não memória que tenha tido sequer uma “dor de cabeça” que a impedisse de cumprir com os seus mesteres e compromissos.
Nós podíamos dividi-la com os amigos.
Com ela nos sabíamos sempre quem a tinha aberto primeiro.
Ela jamais reclamou por igualdade.
Ela nunca nos abandonou nem por um homem, nem por uma mulher.
Ela podia ser apreciada em público.
Ela nunca reclamou, nem quando íamos embora, nem às horas que chegávamos.
Ela, contrariamente às outras, era das tais que gelada se apresentava como muito boa.
Ela nunca precisou de ser lavada antes de experimentada.

Morreu em paz, sem uma queixa, silenciosa e sofrida.

Eis a dolorosa exactidão do momento presente. Inutilmente, agarrados ao seu quase cadáver, tentamos salvá-la com um derradeiro boca-a-boca. Definhou, apesar de todos os esforços na flor da idade, ao abandono, com poucos à cabeceira do seu derradeiro instante.

Extinguiu-se em paz, sem um lamento, muda e resignada.

Ela travou uma luta desigual até ao fim. Depois, conformada com o seu destino, e persuadida de que tudo era inútil, preparou-se para morrer, com elegância, nobremente. O pano de veludo correu, limpando o timbre do fundo da garrafa deixada em cima do tampo envidraçado. As canecas calaram a surdina da última adaptação. E devagarinho, sem um grito, sem um desespero, desfez-se em sombra, morreu, nova e triste,...

Ora em diante, mesmo a maior alegria não será nunca tão grande por mais amigos que reunamos a alomorfia é irreversível. Faltará sempre um bocadinho assim… Mesmo enquanto num qualquer acto de degustação com propósitos pouco claros de resgatar o tão amado e nostálgico paladar, não será mais do que um sonho que sempre nos foge como uma efialta que nos deixará para sempre num marasmo, numa espécie de letargo sem fim.

Porra pra isto...!!!

E se algum dia o restabelecimento for possível, não será sem uma convalescença agreste onde só os mais fortes e audazes terão sucesso. Amiguemo-nos mais ainda caros condiscípulos e consortes pois a peleja em partenariado será, certamente, menos ingrata. E, se a nossa maior concubina nos desampara e despreza agora, convém-nos reflectir se não seremos também culpados de tão amargurada abalada.

Minhas senhoras e meus senhores…

“Paz à sua alma.”






Ai que medo!!

http://www.worldjumpday.org/
Vejam o link!...
E se é verdade?! Ai caneco!! É a loucura!
E se não muda para a órbitra que é suposto e ficamos ainda com mais calor?! Até nos borramos todos!
E salto? Não salto?! Não me vou por pra aí a saltar só pq alguém diz que é melhor! Tão possessos!
Já sei que estamos todos cansados deste estado das coisas mas daí até mudarmos a órbitra da terra!!... Ela não tem culpa, tadinha!
E será que na nova órbitra as estrelas que vemos mudam de posição?! Não quero ficar com uma "paisagem" mais feia à noite! E a lua, como vai ser com a lua?! Ela vem atrás de nós ou vamos ficar mais longe dela?

terça-feira, 21 de junho de 2005

Ai que me rasgas malvado!

Gostava de viver num país onde as estradas não estivessem todas rasgadas e rerrasgadas e rerrasgadas! Malvados!! Rasgam tudo sem pés nem cabeça!! Ai que me rasgas tb a alma! Malvaaaaado!
Dá-me nos nervos!! A vcs não? Rasgão daqui, rasgão dali, buraco daqui, buraco daculi! Fazem lembrar cicatrizes malfeitas e mal amanhadas de carniceiros sem dó nem piedade dos condutores com carros quase a dar o "tilt". Andar nestas estradas que mais parecem caminhos de cabras dá nos nervos a qquer um. Parece que estamos dentro de uma máquina de lavar roupa de tantos abanões que não conseguimos evitar! E depois aquilo não dura uma semana, dura várias, vários meses até!
Ai que nervos! De manhã, é crime! Gagõõõõões!! Havia de vos dar uma caganeira tremenda no dia das eleições e a dar declarações para as televisões (sim pq nada vos impede de aparecer, nem uma caganeira daquelas!) haviam de dar cada peido... E com a força dos peidos haviam de dar saltinhos ao mmo tempo que fazem um sorriso fantástico pra tv. Pummm! mais um peido "ai peço imensa desculpa, tou de caganeira senhores eleitores, mil perdões". Puuum! Olha mais um saltinho!

Ai! Pronto... já melhorei dos nervos :)

quarta-feira, 15 de junho de 2005

Estatísticas

Tenho a dizer-vos que, consultando as estatísticas que o sitemeter executa para nós, o momento em que este blog atingiu o seu pico de audiências foi em Outubro de 2004. E não foi um pico com dúvida estatisticamente razoável! Foi um pico de 450 visitas contra uma média pouco acima de 100 desde então. Nesse mês aconteceu a SeviciaDoRelatorio neste blog.

Na verdade, já comentava o El Nojo no dia 5 de Janeiro deste ano, em forma de balanço de 2004 em resposta a um post meu, com a sua genial lucidez (como começa a revelar o passar do tempo) que O ano 2004 foi marcado com a Revolução da Sevícia... mas as memórias foram apagadas pelo Haloscan. PQP o Haloscan que nos destroi o passado!

Tiro daqui as minhas ilações da causa->efeito da controvérsia.


segunda-feira, 13 de junho de 2005

Liga de Cavalheiros Extraordinárias

os extraordinários estão velhos e morrem. custa-me.

segunda-feira, 6 de junho de 2005

Já pensaste?!

Já pensaste se o céu fosse por exemplo amarelo?
Se o céu, os lagos e os mares fossem amarelos a nossa perspectiva do mundo seria completamento diferente... e o sol seria azul... andaríamos mais vestidos de amarelo, a nossa pele bronzeada seria de cor roxa... era tudo tal diferente, já imaginaram?
É tudo tão relativo!....