terça-feira, 28 de junho de 2005

100 Senso Comum e o menos comum dos sensos: uma análise

Resolvi instaurar uma rúbrica não periódica e não contínua e sem fim anunciado.
Dada a indecisão sobre o título da mesma rúbrica, achei por bem colocar os dois melhores que encontrei (ver acima).

E perguntam os senhores leitores e meninas leitoras de que se trata nesta rúbrica.
Pois bem, de tudo e de nada, trata-se o senso comum essa coisa que está transformada numa arte de dar o conselho mais óbvio como sendo o mais inteligente.

Mas deixemo-nos de conversas fiadas e avancemos para a nossa análise:

Quem espera desespera
Quem espera sempre alcança

Do que se conclui que quem alcança é um desesperado.

Cada um trata da sua e Deus da de todos.
Pois, claro, lá voltamos à discriminação, quer dizer, estaremos a falar de um Deus que vê as coisas desta maneira "o que é meu é meu e o que é teu é nosso!". No entanto, ser ateu não é a melhor opção, já que não é meu é ateu. O melhor é ser agnóstico.

Candeia que vai à frente alumia duas vezes.
O que me parece perfeitamente natural já que alumia para lá e, como já conhece o caminho, alumia para cá.

Vale mais passar de burro a cavalo, que de cavalo a burro.
Pois permitam-me que discorde! Mais vale passar a cavalo de um burro do que de burro a cavalo. Para além disso, o cavalo custa dinheiro e o burro é subsidiado.

Vai muito do dizer ao fazer.
Ora aqui está um erro muito grave do ponto de vista da interpretação do texto e da sintaxe, estaremos, possivelmente, perante uma grave lacuna ao nível da literacia. O que de facto vai entre o dizer ao fazer é ao! E não muito! Portanto, o correcto seria dizer: "Não vai muito do dizer ao fazer" ou ainda "Vão ao do dizer ao fazer". Seja como for, não deixar de ser constactar o óbvio.

Mas a "sabedoria popular" é que sabe... ou não!
Cinco por dia, não sabe o bem que lhe fazia!

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