sexta-feira, 30 de janeiro de 2004

Mars ain't the kind of place to raise your kids,
in fact it's cold as hell.

(Bernie Taupin - Rocket Man)


Sobre Marte

quarta-feira, 28 de janeiro de 2004

Acho que estou a tornar-me fanatica e ruidosamente anti-Bush! Até já andei a investigar os candidatos democratas para as eleições no fim deste ano. E apanho-me muitas vezes a delatá-lo e às minhas últimas descobertas sobre os seus negócios podres em torno do dinheiro, a entediar os amigos com suspeitas do pouco que sei. É que acredito que o pouco ou nada que sei é de tal forma assustador que devemos temer! Temer tudo! Pronto, pelo menos temer qualquer coisa. Oil's well that ends well...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2004

"Será que ainda há alguém saudável a quem enoje esta gigantesca encenação de masturbação da dor, em que fora de qualquer respeito, equilíbrio, genuína e recatada tristeza, se entrega o país sob o comando do espectáculo televisivo?

Há, de certeza. Com vontade de fugir desta insuportável mediocridade. Desta falta de respeito pelos mortos. Desta falta de dignidade. Desta falta de ar."


(José Pacheco Pereira - Abrupto 26/01/04)
Quando se vê assim, a morte em directo, ainda por cima depois de um sorriso tornado seráfico, assusta como nenhuma fobia, como nenhum quarto escuro; assusta na alma e na metafísica de existir.

domingo, 25 de janeiro de 2004

Nunca viajo sem o meu diário. É preciso ter sempre algo extraordinário para ler no comboio. (Oscar Wilde)

A presunção é um defeito? Permanece presunção ou torna-se impune excentricidade quando a genialidade impera?

quarta-feira, 21 de janeiro de 2004

Eu acredito que o mais próximo que a civilização ocidental tem da meditação budista são os banhos de imersão.(Avatares de um Desejo)

sábado, 17 de janeiro de 2004

Onde é que estava o juiz no 25 de Abril?!
Pois é, circula por ai livremente um juiz do Tribunal da Boa-Hora possuído pelo demónio fascizóide, cuidado! Nada de escrever cartas aos juízes, em especial em grande número, porque eles é que são os "presidentes da junta"!
- "Ai ele é isso?!", pergunta-se o juiz enfurecido na sua posição de alto mandatário do estado.
- "Então tomem lá 80 contos de multa para cada um para aprenderem a respeitar os mais altos orgãos do nosso democrático estado de direito e não discutirem a minha autoridade com uma invasão prevaricadora de cartas ao meu sagrado local de trabalho!".
Acho que este juiz do caso Vale e Azevedo está de conluio com a Manuela Ferreira Leite para aconchegar os cofres do estado... Cá permaneço eu com a minha velha fobia do estado, tenho medo dele e o melhor mesmo é dormir com um olho aberto!
Alguém acreditou que a Associação Académica de Coimbra fosse mesmo boicotar a Queima das Fitas este ano como forma de protesto contra o aumento das propinas? Eu não... E não entendo porque é que esta possibilidade foi sequer discutida e até divulgada pela comunicação social. Pareceu-me tudo uma manobra de diversão estranha de quem manda papaias ou barro à parede para ver qual é que passa mais perto de uma cabeça importante e assusta alguém com os espichos (existe esta palavra..?). É que nem por um segundo suspeito que tenha estado em causa na cabeça dos dirigentes associativos o boicote à festa... Acharam eles que o governo ia recuar finalmente perante o aterrador boato de não haver festa em Coimbra e terem os filhos universitários enlouquecidos a pressionarem os pais ministros? Foi um anti-placebo...? Alguém me explique!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2004

depois de uma visita à arte corporal:
Uiuiuiuiuiuiuiui mas isto é hard core!!! Pensei que arte corporal fosse mais soft... Isto são proto-prostitutas... Bem isto é uma declaração polémica, são antes uma espécie de prostitutas (considerando aqui uma prostituta como uma prestadora de favores sexuais, quer eles impliquem contacto físico real ou não) existentes na virtualidade que serão, suponho, com o devido mérito, terapeutas para alguma espécie de fobia, como diziam os nossos precursores do Estrume. Ou para qualquer espécie de normalidade! A verdade é que o consumo da pornografia faz parte da condição humana, arrisco-me a dizer. A questão neste caso está na compreensão do tipo incomum (ou não...) de "prostitutas" que aqui se apresentam, "miúdas universitárias" (detesto esta expressão, parece hoje um estigma representativo ou das assediadas sexuais pós-estudo-estatístico-lusófono ou das libertinas à lá histórias vitorianas do início do século XX) cuja presença neste tipo de fotografias pode causar alguma estranheza inicial mas a qual não tem realmente razão de ser. A verdade é que sempre me lembro de ouvir falar com fascínio associado generalizado da existência das meninas colegiais durante o dia e prostitutas durante a noite. Acho que a origem é nipónica... A culpa de todos os vícios sexuais sociais é do Oriente!! Mas e daí, serão vícios....? Ou serão, mais uma vez, não mais do que características da condição humana, evidentes em maior ou menor grau, com maior ou menor exposição? Onde se enquadram estas miúdas que se fotografam desta forma exposta e obscena por aparente prazer?

terça-feira, 13 de janeiro de 2004

Transcrevo de seguida o único recuerdo que mantenho daquele intessante projecto inovador que serviu de inspiração para esta nossa afirmative action , o ESTRUME. Não está datado de ano, só de mês e dia e portanto perdem-se-lhe as pegadas mas não faz mal porque estamos cá nós para retomar o tom.

"A prostituta é uma terapeuta e uma confissora. A sua actividade é tão profiláxica como o desporto, a psicoterapia, a confissão ou o exorcismo religiosos. A sua antiguidade comprova a sua necessidade e função primordiais, tanto na sociedade contemporânea como na de mais antiga idade. A diferença desta para a actividade física, a recuperação psíquica, o apoio religioso ou a libertação demoníaca é que a prática sexual com um/a prostituto/a (ou vários/as) produz um alívio mais rápido que o acompanhamento clínico ou a salvação eterna e é, sobretudo, o processo mais agradável para os seus clientes/pacientes/utentes. Se a prostituição fosse anti-social, o recurso a prostitutos e prostitutas estaria restringido a pessoas ou grupos sociais marginalizados e não afectaria personalidades políticas, entidades religiosas, autoridades públicas, desportistas, artistas, professores, agricultores, comerciantes, empregados de balcão, taxistas, camionistas, listas de pessoas de todas as actividades e hierarquias sociais. Mas porquê tanta ilegalidade em torno da prostituição? Talvez por corporativismo, compadrio ou restrições morais, mantendo discretas as idas e vindas até ao ESTRUME."(11 Abril)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2004

Isto que vos parece? A mim, cheirou-me a estrume... Se foi ligeiro ou intenso, ainda estou pra descobrir quando ler um livro do José ou do António. Assim só, perco a propriedade.

"Já o José Saramago ou o António Lobo Antunes, eu gostava de conhecer um grande livro deles (para além dos livros grandes que cada um tem). (...) Sem estar a exagerar muito, eles são uma espécie de Paulo Coelho ou Margarida Rebelo Pinto das Classes A e B (coisa que o Público também é para os jornais, por exemplo). Assim como a rapaziada menos culta do subúrbio se convence de que lê literatura com Paulo Coelho ou Margarida, também a rapaziada mais letrada lê os nossos José e António e considera cumprida a sua obrigação cultural. Isto fá-la, para além disso, pensar-se habilitada a dizer que é culta e a não ler praticamente mais nada.
Não tenho nada contra isto, cada um lê o que quer. Para mim pessoalmente, a meia dúzia de livros de cada um que li (por mero escrúpulo de opinião) foram experiências penosas que não aconselho a ninguém. É como digo: cada um lê o que quer. Mas não me obriguem é a achar aquilo grande literatura." ( O Comprometido Espectador 08/01/2004)

domingo, 11 de janeiro de 2004

Sejam bem vindos ao insinuante mundo da blogosfera.