sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Nasceste antes de 1986?

"De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.

Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas “à prova de crianças”, ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.

Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.

Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar à frente era um bónus.

Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa, e sabia bem.

Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a correr e a brincar lá fora.

Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e não morremos disso.

Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.

Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.

Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.

Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos, se os quiséssemos encontrar íamos à rua mais próxima.

Jogávamos ao elástico, à barra, às escondidas e a bola até doía! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal. Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.

Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.

Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.

Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem. Eles estavam do lado da lei.

Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho... mas talvez ponha um sorriso nos vossos lábios.

A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu depois de 1986.
Chamam-se jovens. Nunca ouviram 'we are the world' e uptown girl conhecem dewestlife e não de Billy Joel.
Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle.
Para eles sempre houve uma unica Alemanha e um Vietname.
A SIDA sempre existiu.
Os CD's sempre existiram.
O Michael Jackson sempre foi branco.
Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia um deus da dança.
Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie são filmes do século passado.
Não conseguem imaginar a vida sem computadores.
Não acreditam que houve televisão a preto e branco." in e-mail anónimo

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Mistérios do passado

E se de repente o passado nos assaltasse e nos lavesse tudo, até o mesmo?
Saberíamos reconhecer-nos numa qualquer "line-up"?

Por exemplo
Quem eras e o que dizias? Conheces-te? Manténs?
O que eram as "garrafas vazias"? Ainda são?

E tu?
E tu?
Já agora...

A noite tem destas coisas

Escorre-nos pela pele e lava-nos a paciência para máscaras e jogos de comunicação. A assertividade toma-nos de assalto o espírito e georeferencia-nos nos locais onde, durante a luz, estamos mas não queremos que nos vejam.

Apetece-nos os lugares mais estranhos, agarrados à estúpida melancolia de um romantismo ultrapassado. Há quase a crença de que estaremos a ser observados por alguém que nos compreende por inteiro e nos lê como a um livro. E mesmo assim queremos que nos leia em voz alta para que possamos ouvir o que desconhecemos.

Mas alguém não existe, nem no espelho. E amanhã a máscara estará onde a deixámos e de onde nunca tirámos.

Fazemos promessas como que oferendas para apaziguar uma consciência deusificada que nos consome na nossa autocensura qual dicotomia de seres que habitam o paradoxo do universo
linear: ocupando o mesmo espaço e mesmo tempo.

E nesta oblação sorrimos como um terceiro que observa, de longe, o inconho na sua peleja considerando-a um idiotismo absurdo.
Partilhamos os três o mesmo pecado: a ignávia.
E ilustramos a tibieza do nosso (único) carácter (único).

Bem haja

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

100 Senso Comum

De livro fechado não sai letrado
Não será "de porta fechada"? Pelo menos faz mais sentido, ainda que haja janelas. A não ser que o livro esteja, de alguma forma a entalar a porta.

Para bom entendedor meia palavra basta.
Se qu s o bo conse ente is? (quem não percebeu...)

Pelo S. Mateus, pega no arado e lavra com Deus.
Com Deus até pode ser bom, mas é mais certinho com uma mula, já que essa é mais fácil de encontrar e de "convencer" a puxar o arado.

Burro velho não aprende línguas.
Dá-me ideia que o novo também não.

Em terra de cegos quem tem olho é rei.
E os outros? Nem um têm? Devem inchar até rebentar! coitadinhos.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

100 Senso Comum: a revolta

A água corrente não mata a gente.
Depende da quantidade e força.

Panela velha é que faz boa comida
A nova só é nova porque não foi usada, logo não faz comida, nem boa nem má. Assim a vantagem não está na panela velha mas na ausência de concorrência.

Quem dá aos pobres empresta a Deus
Daí o "Deus te pague", o pior é que o rapazola não consta que pague na mesma moeda, se alguma, o que torna a conversão e acerto de contas muito complicado.

Deus dá o frio conforme a roupa
Quem tem pouca roupa Deus dá muito frio. Quem tem muita, Deus dá calor.

Melhor perder um minuto da vida que a vida em um minuto.
Certo, mas se o minuto for o segundo, é melhor perder esse que o primeiro.