domingo, 24 de setembro de 2006

As maçãs

Há tanta gente a produzir coisas fantásticas neste mundo que hoje ao, simples e inadvertidamente, descobrir uma fiquei, e estou (e possivelmente estarei durante muito tempo) absolutamente soçobrado.

É como se de repente, e que "de repente", tudo o que eu sei estivesse errado, que eu afinal sou um bicho e não um humano, que tudo o que penso e acredito foi manipulado e não existe, que eu não Sou.

Mas exactamente ao contrário!

Estou absolutamente soçobrado por o humano ser tão creativo que me faz vacilar na certeza, acreditava eu, que à pergunta: "sem qualquer limite de geográfico, político, cultural e, ou, social com quem gostarias de conversar?" a minha resposta seria simples: já não é!

Hoje tomei consciencia que não conheço os mais creativos e interessantes seres deste planeta (de agora e de antes), nem sequer de nome, nem sequer de país, raça ou credo! Hoje tomei consciência que eu não sou do clube e não conheço quem seja. Por mais que me espante com os feitos, ideias e acontecimentos que alguns preconizam, mais são, com certeza, as que não conheço.

Fico de rastos com o peso da beleza de como ideias simples que mudam o (meu) mundo, tão simples que até eu podia fazê-lo, mas não fiz. Os limites da minha compreensão não chegam para absorver tal impacto que de tão grande que é, o único efeito é.... estupefacção... pura!

Não há reacção, não há palavras, não há som, não há raciocínio, não há nada que não seja branco e silêncio.

"Quando duas pessoas partilham duas maçãs cortando e dividindo-as ao meio, cada um sai com uma.
Quando duas pessoas partilham duas ideias cortando-as e dividindo-as ao meio, cada um sai com duas[... ou mais]"

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