domingo, 13 de junho de 2004

ou o espermatozóide é uma meia-célula ou a mula não é um ser vivo.

É o simples prazer de deitar conversa fora que nos move nas discussões mais acesas. A esquisita sensação de pertença que experiênciamos aquando, no esgrimir de argumentos, nos encontramos em situação de não-desvantagem.
Assim, a realidade é apenas o que, os que à nossa volta e em quem, cumulativamente, confiamos ou atribuímos valor e importância, confirmam.

Por essa mesma razão enjeito a limitativa segmentação de nós, seres, no mínimo, tridimensionais, à unidireccionalidade, por outras palavras: a uma única dimensão.
Eu não sou de esquerda como profetiza Ander-Egg quando se refere à posição política de um bom, de um verdadeiro, animador. Nada disso!
Eu não sou de direita exactamente por querer ser animador! Nada disso!

O que eu não concebo, e até repudio é a dita coarctação das ideias, ideais, valores, crenças e atitudes à direccionalidade única! Só as concebo, no mínimo, em mais do que três dimensões já que não são palpáveis mas que existem, existem.

Se tenho de escolher porque dessa escolha depende a minha integração social (o que duvido veementemente), prefiro escolher a direita apenas por questões semânticas mas que imediatamente indefiro porque me dar conta da fraqueza do argumento embora, mesmo assim, o ache curioso apenas pela sua fundamentação: Ser dextro significa (também) ser desembaraçado, hábil, perito; enquanto ser esquerdino significa canhestro, embaraçado, desajeitado, feito às canhas.

Independente de tudo mais, acho que o que deve ficar desta estrumeira é a satisfação do alívio. Não cago porque não gosto da retrete, muito pelo contrário e vice versa. Eu cago porque me alivia e só cago onde gosto.

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