Se somos todos iguais, eu também sou terrorista. Eu também ponho uma bomba numa estação de caminhos de ferro de uma capital, em hora de ponta. Eu também acredito que o faço em nome de algo justo. Eu também acredito que é a única forma de que me ouçam.
Se somos todos iguais, eu também sou vítima. Sou a mãe que há 20 minutos deixou o seu filho no comboio para ir para a escola e que agora não sabe se ele ainda vive. Sou a menina de 4 anos que acabou de perder a vida nesse atentado. Sou o pai e marido revoltado e irado, que sentindo-se impotente por ter perdido a sua família, perde também o seu estado de "razão" e termina com a etiqueta de "louco".
Se afinal somos todos diferentes, porque é que ainda não aprendemos a tolerar as diferenças? Porque é que tentamos anular essas diferenças?
Já nem sei quem sou... é isto que eu sou?
quinta-feira, 11 de março de 2004
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